talentos, assunto interessantíssimo...
quanto a eles, nós como seres humanos individuais ainda mais na nossa condição de deficientes sendo visual parcial, total ou com alguma outra associada, por vezes podemos encontrar dificuldades para encontrar os nossos próprios, quem dirá os das pessoas que nos rodeiam...
em fim que vislumbrá-los só depende de muito amor próprio e busca pelo alto conhecimento, pois não há como encontrar algo de positivo em si ou nos outros perante a tanta cobrança, seja ela interna ou externa.
Parece aquela velha conversa clichê que muitos por aí andam enjoados, mas é muito real e agora se me permitem contar um pouco do meu processo, para contextualizar o que disse anteriormente.
Só analisem: eu, sendo um jovem de 21 anos, cursando um ensino superior já em sexto período, com inúmeras tarefas fora dessa grade nadando duas vezes por semana buscando um lugar ao sol no para-desporto, na música ou até mesmo na minha carreira que em minha região é super desafiadora e ainda mais um desafio, buscando pouco a pouco, ter minha própria autonomia em questões de mobilidade, financeira e doméstica. basicamente é assim que tenho vivido ao longo dos 2 últimos anos...
Agora ficam as perguntas: como chegar aos pontos citados?
O que fazer?
Para chegarmos aos nossos objetivos precisamos essencialmente traçar metas, no entanto essa nem sempre é tarefa fácil, pois nós sempre visamos a longo prazo o macro equivalente a tarefa completa, e não em pequenos passos que em algum momento nos levarão a cumprir com o que planejamos.
Quem luta diuturnamente por algo, sabe que nem sempre é fácil cumprir ao que se propõe e por ter objetivos grandiosos firmes para um longo prazo que a gente insiste em querer que grandes evoluções ocorram em pequenos períodos de tempo. Aí vem aquela cobrança por não conseguir algo e engatada nela, a frustração. Não existe pior extintor para um desejo que ela, e as vezes é muito difícil lidar com esta, que traz consigo a procrastinação, o desânimo em si e em casos mais graves de cobrança extrema a perda do horizonte traçado e o posterior abandono da missão.
Mas não para por aí: A cobrança extrema aliada a ansiedade vai criando no interior um senário de pequenas inseguranças que se somam e trazem muito prejuízo para quem as porta e depois do início desse ciclo vicioso, torna-se muito difícil encontrar uma válvula de escape
A essa altura, devem se perguntar: mas Por quê comentei sobre tudo isso?
A resposta é muito simples: Eu vivenciei na pele tudo isso que citei anteriormente, e na virada de um semestre para o outro, estive a ponto de parar com tudo, tendo que fazer um reset em tudo aquilo que tinha planejado para a minha vida, e reformular as rotas para que eu não adoecesse com tudo isso e com este relato digo mais. Hoje depois de algumas seções de terapia e ainda em um processo de readequação, consigo perceber alguns de meus dons, ver onde posso pô-los em prática e vocês nem imaginam o salto que eu senti com essas poucas mudanças, em todos os sentidos da minha vida.
Alto-estima subiu para um bom nível, comecei a conseguir me tratar com mais carinho não me hostilizando com cada erro mas sim o aceitando e suas respectivas consequências, e anotando no inconsciente as atitudes para não repetí-las e buscando me tornar o mais assertivo possível, sempre traçando pequenas metas alcançáveis no dia a dia e isso foi me dando mais prazer em fazer minhas coisas e consequentemente, mais ânimo para persistir com os meus objetivos finais.
quanto as palavras do amigo, recomendo que tente pôr em prática alguns desses pontos, que eu garanto que sua percepção sobre si mesmo irá melhorar muito. Comesse identificando suas pequenas habilidades e principalmente aquelas que te trazem algum tipo de recompensa satisfatória. Após, busque se conhecer, entender seus limites e gatilhos, para aí sim, traçar um plano de mudança, já que sitaste que não está muito de acordo com seu modo de vida atual. Também é importante não querer mudar de uma hora para a outra, pois até o mais belo e valioso dos diamantes precisou passar por um longo processo cheio de nuances para se transformar.
Uma última coisa, não se julgue e muito menos faça comparações, pois cada pessoa tem uma forma de passar por este processo e o que funcionou para min, talvez possa não funcionar para outras pessoas.
No mais, ficam os concelhos de uma pessoa que não tem gabarito acadêmico, mas que tem muita vontade de compartilhar experiências e quem sabe, ajudar alguém que precise de algum concelho...